Presença Animal no Divã: O Poder Terapêutico dos pets

A relação entre seres humanos e animais de estimação vai muito além da companhia: estudos mostram que interagir com pets reduz o estresse, fortalece vínculos afetivos e favorece o bem-estar emocional. Na história da psicanálise, não é diferente: Sigmund Freud atendia seus pacientes ao lado de sua cadelinha Jofi, e hoje eu também conto com a presença amorosa de Louboutin e até com os “concerto” da minha calopsita, Gucci.

Jofi: o “relógio canino” de Freud

No início dos anos 1930, já em Londres, Freud começou a receber pacientes acompanhado de Jofi, sua Chow Chow. Mais do que um mascote, ela era presença viva no setting analítico:

• Calmaria nas sessões: a simples visão de Jofi atenuava a ansiedade dos analisandos.

• Cronometragem intuitiva: Jofi levantava-se e circulava exatamente no fim do atendimento, sinalizando o encerramento sem que Freud precisasse olhar o relógio.

• Termômetro emocional: ao se afastar ou arranhar a poltrona, ela indicava tensão; ao deitar-se junto, transmitia segurança.

  
  

Esse exemplo mostra como os pets podem atuar como verdadeiros coadjuvantes terapêuticos, oferecendo pistas emocionais e contribuindo para um ambiente acolhedor.

Louboutin: meu “assistente” na pandemia

Quando migrei para o atendimento online durante a pandemia, eu não estava sozinha: ao meu lado estava Louboutin, meu cachorro fiel.

• Marcador de tempo: ele aprendeu a latir no momento exato em que a sessão terminava, o meu “relógio de quatro patas”.

• Presença afetiva: a cada latido, meus pacientes sabiam que aquele encontro tinha chegado ao fim, mas também sentiam o cuidado cálido que ele transmitia.

• Memórias afetivas: muitos comentaram como esse gesto virou símbolo de acolhimento e confiança.

  
  

Hoje, Louboutin já não participa ativamente das sessões porque não ficamos mais no mesmo cômodo, mas sua memória continua inspirando o cuidado sensível que ofereço.

Gucci e meus gatos: cantorias e aconchego

Além do Louboutin, a presença de Gucci, minha calopsita artista, e dos meus gatos adiciona leveza e conexão ao meu dia a dia:

• Gucci “cantor”: em alguns atendimentos online e no meu consultório presencial, dá para ouvir seus trilos e cantorias, trazendo leveza ao espaço terapêutico.

• Gatos e tranquilidade: eles passeiam silenciosos pela sala, lembrando todos nós da importância de desacelerar e estar presente.

  
  

Esses pequenos momentos reforçam o vínculo entre terapeuta e paciente, demonstrando que a terapia pode ser ao mesmo tempo profissional e afetiva.

Por que ter pets faz bem à saúde emocional?

1. Redução do estresse: acariciar um animal reduz cortisol e aumenta ocitocina.

2. Combate à solidão: a presença constante diminui a sensação de isolamento.

3. Rotina e atividade: cuidar do pet cria estrutura e estimula pequenos hábitos saudáveis.

   
   

Incorporar a presença de pets no ambiente terapêutico é uma forma de potencializar esses benefícios, criando um espaço de acolhimento autêntico.

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💬 Como funciona?

• Atendimento presencial em local acolhedor e seguro.

• Sessões online com eventuais participações de Louboutin, Gucci e meus gatos.

• Uso sensível do humor: quando ele surge de forma espontânea e respeitosa, abre caminhos profundos para acessar o inconsciente. O riso alivia tensões, torna o encontro mais leve e acolhedor, permitindo elaborar o sofrimento sem perder a vitalidade psíquica, revelando o que às vezes as palavras não conseguem dizer.

  
  

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